domingo, 29 de junho de 2014

Tracklist do Jamaican Stylee de 1º de julho de 2014

Saudações. Confira o tracklist da edição de 1º de julho. Nesta edição o programa vai mais de reggae do que nas edições anteriores. Outro ponto é a presença maciça de artistas grngos, sem a presença verde e amarela de sempre. Um outro detalhe que merece atenção é a presença dos britânicos do The Clash tocando Rudie Can't fail, do álbum London calling, mostrando a intimidade que eles tinham com o ritmo jamaicano ao fazer sua identidade punk pegar mais firme na equação. Lembro de quando ouvi o disco solo do Victor Ruggiero, tecladista e vocalista dos Slackers, em que ele leva esse e outros sons. no youtube é possível (era?) assistir a uma performance dele tocando justamente este som. cru e visceral, mas ao mesmo tempo cheio do ritmo sincopado jamaicano.
Outras presenças ilustre são do criador Peter Tosh, com Stepping Razor, clássica que ficou mais famosa ainda na trilha sonora do filme Rockers, e de seu filho Andrew Tosh, acompanhado luxuosamente pela banda argentina Holy Piby - interessante o nome da banda, é o título da "Bíblia Rastafari". A banda segurou a onda do filho do homem e mandou um roots reggae de responsa que sustentou o vozeirão do rapaz.
O segundo bloco ataca de 2Tone. Os Bad Manners, que fora o ótimo nome de batismo tem na presença do seu vocalista e fundador Buster Bloodvessel o chamariz necessário de seus shows incendiários, toca 3 (!) sons nesta edição, fato inédito. Seus contemporâneos The Specials levam duas, e ninguém reclama. SÓ sonzeira. confira a lista toda abaixo e algumas fotos dos enfocados. Cheers!!!!!!!!!
os italianos da Arpioni

Bloco 1:
Baba Brooks - Toast to James Bond
Desmond Dekker - Israelites
Horace Andy - Leave Rastaman alone
The Skatalites - Confucious

Bloco 2:
capa de um best of dos Bad Manners
Bad Manners - Baby elephant Walk
Bad Manners - Fatty Fatty
Bad Manners - Ne ne na na na na nu nu
Andrew Tosh, filho do Peter
The Specials - Ghost Town
The Specials - You're wondering now

Bloco 3:
Andrew Tosh & Holy Piby - Sata Masagana
Arpioni - Operazione Sole
Peter Tosh - Stepping Razor
                                                      The Skoidats - Granted

o lendário Barrington Levy
Bloco 4:
Barrington Levy - Under mi sensi
Barry Brown - Politician
Burning Spear - Negril
os argentinos da Holy Piby
The Clash - Rudie Can't Fail






Barry Brown

terça-feira, 24 de junho de 2014

Tracklist do Jamaican Stylee de 24 de junho de 2014Su

Salve a todos.
Em uma das melhores edições do programa desde sempre, a divisão e combinação das músicas fez efeito: o clássico e as outras ondas raramente combinaram tão bem. Dou destaque para o Jimmy Cliff, que com o álbum Rebirth (2012) se recriou. No primeiro bloco o que chama mais a atenção é a sonzeira de Flabba Holt, baixista do Israel Vibration tocando my baby is gone. Outro ponto alto, sempre, é a participação dos brasileiros. No bloco 4 a banda londrinense Mama Quilla destila ritmo e suavidade com seu Reggae pop e o Skamoondongos, que teve seu disco Segundo (1997) lançado pela Paradoxx e produzido por Clemente, dos Inocentes, fazem parte da geração "Ska Brasil", coletânea que reuniu o que havia de melhor no ritmo jamaicano aqui nessa época. Enjoy!!!!
o grande Byron Lee

Bloco 1
Byron Lee and the Dragonnaires - Easy Snapping
Flabba Holt - My baby is gone
Freddie McKay - My true love
The Shifters - It's been too long

Bloco 2
Jimmy Cliff - World upside down
Prince Buster - Earthquake
The Congos -
youth man
Yellowman - Morning ride
a banda londrinense Mama Quilla


Bloco 3
Joe Yamanaka & The Wailers - Travel on again
Sugar Minott - The half
The Scofflaws - Ali ska-ba
Dillinger & Trinity - Waiting in vain


Bloco 4
Mama Quilla - Ragga Vibes
St. Petersburg ska-jazz review - Anarchy in the UK
Skamoondongos - Brasil em dois tons
Sublime - Superstar Punani
Operation Ivy - Freeze up


Flabba Holt em ação



Operation Ivy
Sugar Minott


st petersburg ska-jazz review

Operation Ivy em ação


Skamoondongos

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Psychobilly para download: Socabilly, Os Cervejas

Foi no tempo em que o videoclipe era a linguagem a ser usada que fizemos o vídeo de Socabilly, uma de nossas músicas mais representativas e que tem uma letra, feita sob medida pelo poeta Marcos Prado, que fez muita gente reagira. É mais uma das histórias que recheiam o livro sobre o Psycho.
a formação dos Cervejas que tocou no Psycho Carnival 2013 e que você pode assistir a qualquer momento
No distante início da década de 1990, depois de um show que aconteceu no Berlim - porão do Bar do Hermes, eu estava saindo para continuar a missão em outro lugar, quando fui abordado por algumas meninas. Achei que tinha me dado bem. Que nada, inocência minha, elas eram feministas e estavam ali para cobrar. Algum tempo antes eu tinha conversado sobre este mesmo assunto com o Alexandre Cabral, vocalista dos Missionários, e ele me contou que certa vez ouviu uns palavrões e gritos de "machista" e coisas do gênero. eram as mesmas meninas, acusavam os - poucos - psychos da época de sexistas e tudo mais.
A situação não embolou, foi tudo resolvido com conversa, mas houve outros episódios, que eu conto no livro. Confira a letra de Socabilly abaixo e baixe a música AQUI. Cheers!!!!!!!!!!!!!!!!

o poeta curitibano Marcos Prado
Socabilly

O que vocês têm entre as pernas
Pra mim são cavernas
Onde eu entro e faço esporro
Mulheres são buracos
Seus orifícios estão na minha mira
Sempre fui furador de fila
Alta, baixa, magra, gorda ou idiota
É tudo galinha que chupa, cisca e bota
Embora eu fale mal, amo essas santas
Que amam o meu pau e a minha armadura


imagem do vídeo de Socabilly

A história que as imagens contam: cenas do Psychobilly e outros

A iconografia do livro que estou escrevendo ganhou forma. Foram colaborações e descobertas. Mesmo assim, muitas fotos e flyers e cartazes e desenhos foram perdidos, assim como muitos desses não se sabe quem é o autor.
com Bufunfa
Essas imagens todas por si só contariam uma história gigante. São anos de parcerias e shows que não dá para contar. a passagem dos anos ajuda também a mostrar isso: como as pessoas mudaram e que visual usavam naquele disco ou show.
com Vlad (Sick Sick Sinners)
Outro ponto forte são os estrangeiros que aparecem. Aqui neste post estão apenas alguns exemplos, em momentos de shows ou de pura descontração antes ou depois de algum evento. As lembranças que vêm à tona são inevitáveis para quem esteve nesses momentos. Para quem não esteve, a sensação de como foi é muitas vezes palpável de tão viva.
Acompanhe algumas histórias através destas fotos. Será que você estava em algum desses momentos? Cheers!!!!!


com Nigel Lewis

com Doyle (Klingonz, Zorchmen, Guitar Slingers)
com Mark Cleverson  e Cox






com Coxinha



com Herbert (B-Benders, Billys Bastardos) e Lennon


com Manolo (Kráppulas) e Lucas (Evil Idols, Kráppulas)
com Bob Wayne


com Germano (muitas bandas) e Feijó (principalmente, programa Rude Boy Train)
com Fausto (ex-Frenetic Trio)
com Dead Elvis
com Ginger (Ricochets, Zorchmen) 
com Tiro (Street Bluegrass, Fabulous Bandits)
com Mauro Montezuma (Mary Lee and the Devil that Prays) e Theo (ex-Frenetic Trio)
com o Manny (Frantic Flintstones, Rezurex) e meu amigo Johnn Krauss

domingo, 15 de junho de 2014

Tracklist do Jamaican Stylee do dia 17 de junho!!! edição contemplativa.

Veja a lista de músicas que vão tocar na edição de 17 de junho do Jamaican Stylee na Rádio Cadillacs. Uma edição mais contemplativa, ainda que não deixe cair o pique nunca.
No setor das curiosidades, o terceiro bloco apresenta a banda de Denton, Texas, The Holophonics, tocando uma versão Reggae/Dub de Royals da cantora Lorde. No bloco 4, que abre com o vozeirão de Sister Nancy, as outras 3 músicas são de bandas que não tem nada ou quase nada a ver com Ska e afins e fizeram a sua versão. O ponto alto é Tim timebomb tocando uma versão bebum para Too Much Pressure do Selecter. Enjoy!




Tracklist Jamaican Stylee - 17 de junho




uma das vozes mais potentes da Jamaica é feminina, Sister Nancy

o punk-folk dos Violent Femmes flertou com o ritmo jamaicano
o aswad
jerry dammers, criou o selo 2tone records, organizou a banda The Specials e está com este projeto. precisa mais?
 bloco 1:
Aswad - african children
capa de feel good all over, de horace andy
Bob Andy - games people play
Bob Marley - no more trouble
Horace Andy - I feel good all over


bloco 2:
Cas Haley - walking on the moon
Jerry Dammers Allstars - Ghost planet
Junior Murvin - Closer together
Junior Wilson - Sitting at the dock of the bay

bob andy

bloco 3:
a banda texana The Holophonics
OBMJ - tupinambá
Reggae Style - justiça
The Federals - I've passed this way before
The Holophonics - Royals


bloco 4:
Sister Nancy - ain't no stopping Sister Nancy
The Members - offshore banking business
Tim Timebomb - too much pressure
Violent Femmes - please do not go
o bastião punk The Members
bob marley

domingo, 8 de junho de 2014

o capítulo da Surf Music no livro do Psychobilly: força harmônica - e sônica!!!


kozmic gorillas "londrinense" tocando no annie rockets
Escrever um livro não é uma tarefa fácil. Ao mesmo tempo que sempre tive em mente tudo que eu gostaria de escrever, depois de pesquisas, conversas informais, fotos, a coisa toda ganha uma dimensão que não dá para medir. No caso deste livro, que tem como foco principal o Psychobilly curitibano, como foi gerado, seus heróis e realizações, o capítulo que aborda a Surf Music, som "primo" que, cronologicamente, veio antes, está sendo um prazer maior na minha realização pessoal ao observar o quanto o estilo cresceu.

cartaz da festa de lançamento da coletânea da Reverb Brasil
a banda londrinense Maniáticos do Reverb
Tecnicamente a Surf Music vaio com pedigree de berço: palhetadas e harmonias para fazer apenas a música falar. Quem sempre chamava atenção sobre isso era o saudoso Mr X, fazendo uma observação bacana sobre o poder da música.
Entre os acontecimentos da Surf Instro brasuca estão o festival Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe e o PIB - Produto Instrumental Bruto. Muita gente boa envolvida em eventos animais, daqueles que deixam a gente satisfeito de não ter dormido o suficiente durante os dias do festival.
The Dead Rocks
Como muitos músicos do Psycho nacional tocaram ou tocam em bandas instrumentais, o movimento febril da diversão está sempre lá. É uma espécie de continuação. Ter bandas de Psychobilly e Surf Music juntas não significa fazer um show variado e sim diferente dentro do mesmo. Tudo isso pode ser atestado se imaginarmos o som de diferentes bandas como Mullet Monster Mafia, Gasolines, Dead Rocks, Beach Combers e Movie Star Trash. bandas com muita identidade e originalidade dentro da mesma proposta.

capa de um dos melhores cds dos Gasolines
cartaz da terceira edição do instrumental surf attack, em londrina









a foto é da banda de rockabilly Les Royales, mas Morotó Slim contribui com a Surf Music com muita técnica nos Retrofoguetes


















os maremotos
Entre os realizadores, destaco o Leopoldo Furtado, nome código do meu amigo Mocotó, que arregimentou as bandas, organizou a Reverb-Brasil e sempre trabalha no sentido de fazer as coisas acontecerem para a Surf Music brasileira. Mas acima de tudo é apaixonado pelo som.
Junto a ele está o Claudão Pilha, Almirante da nave conhecida como A Obra, no bairro Savassi em BH, que veio junto com a ideia e comportou o festival em quase todas as edições.
Tem também a Inti Queiroz. Quando eu a conheci, ela estava registrando jornalisticamente o Juntatribo. Morou em Curitiba e sempre esteve no miolo dos acontecimentos roqueiros de São Paulo - sua cidade natal - e Curitiba. Filha de músico do primeiro tempo da Surf Music brasileira, ela tem entre suas maiores realizações o festival PIB, que faz uma mostra do melhor da música instrumental, em diversas linguagens, e ainda tem a noite dedicada à Surf Music, sempre com muitas surpresas, tudo dentro de um cuidado na organização que se faz presente.
Fora esse pessoal, há bandas e mais bandas em profusão. Seria estéril da minha parte ficar aqui citando alguém, pois a qualidade de tantas bandas em todos os cantos do país faz com que isso se torne um tiro no pé da imparcialidade.
kozmic gorillas tocando na segunda edição do Psycho Carnival
Leia agora alguns trechos dos depoimentos dessa galera que não usa a voz para se fazer entender.

Mullet Monster Mafia tocando no PIB com Coxinha na bateria
Mullet Monster Mafia tocando em londrina
"Acho que minha maior contribuição para a surf music no Brasil foi mesmo quando comecei a produzir o Festival PIB – Produto Instrumental Bruto que sempre reservou um espaço muito especial para a surf music nacional. Por causa do festival conheci muitas bandas. Dezenas de bandas de surf! Além das bandas que tocaram no festival recebemos dezenas de bandas para a seleção que tradicionalmente acontece antes de cada edição.  Está tudo guardado em nosso acervo. Tem banda de surf music em cada canto desse país!"
Inti Queiroz - Organizadora do PIB

"O PCMS é sensacional!! Todo o clima..o churrasco na cobertura do hotel.. Claudao, Mocotó e toda galera envolvida são heróis por terem começado e juntado as bandas, entramos no segundo.. que segundo o Mocotó depois que tocamos Comanche para fechar o show, virou ritual dos anos seguintes as bandas tocarem comanche , mais uma vez Link Wray Forte!!"
Alexandre Kanashiro - Guitarrista da banda Gasolines
foto recente dos Gasolines
"Confesso que quando toquei lá (Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe) em 2013 com minha banda de surf rock instrumental, os “Maniáticos do Reverb” (Londrina-PR.), deu um friozinho na barriga, porque sei que os organizadores do PCMS não chamam “qualquer um” pra tocar lá. Por conta disto, fiquei muito ansioso nas horas que antecederam a apresentação da minha banda, mas fizemos o nosso show, o público de BH (que é muito receptivo e educado) adorou o nosso som!!! Enfim, naquele dia pudemos mostrar um pouco da cena surf Londrinense juntamente com a outra banda de Londrina que se apresentou naquela noite, os Kozmic Gorillas (banda que já havia se apresentado anteriormente no PCMS no ano de 2001)."
Fabio Martin, o Bro, Guitarrista da banda Maniáticos do Reverb

dia seguinte do 13 PCMS. da esq p direita, Mauk(Big Trep, Mauk e os cadillacs malditos), Leandro (Carburadores e Big Trep), eu, Bro e Tiago (ambos Maniáticos do Reverb)
"Meu envolvimento na cena é atacando em todas as frentes, sendo tocando ora com a Reverb All Stars, ora com a Vostok Deluxe e produzindo eventos que geralmente coloco bandas de Surfe Music neles. Desde 2012 também faço parte da produção e curadoria do Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe.
capa da coletânea de Surf e Psycho o Monstro
É gratificante trabalhar neste Festival, ter contato com as bandas, com o público. É sem dúvida um dos festivais mais divertidos do Brasil e já é Festival programado na agenda de muita gente que não mora em Minas. O Campeonato Mineiro de Surfe também é um dos mais longevos de rock do Brasil, tendo alcançado sua 13º Edição em 2014. Não é fácil alcançar um número desse partindo do principio que é um Festival Independente.”
Roger Pixixo, baixista. Vostok Deluxe, Reverb Allstars e Os Marrones são algumas de suas bandas. Ele também faz parte da organização do Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe desde de 2012.

“No final dos anos 80, quando eu já tocava numa banda de psychobilly (soviet american republic) havia alguns anos, um dj de são paulo (serginho barbo) me apresentou a surf music instrumental dos anos 60, e gostei muito, pq trazia a energia do som que eu tocava com um degrau a mais de elaboração melódica e harmônica… gostei muito e comecei a introduzir um pouco daquilo no som da minha banda (Tri Dux)…"
Ricardo Magrão, Ex-baixista da banda Tri Dux, atualmente DJ do coletivo Fresh. 

"Como toda cena há picos e vales. muita atividade num período, menos em outro. agora acho que tem menos bandas no Brasil do que tinha antes, mas isso não implica que a qualidade seja menor. No mundo, e no Brasil tambem, depois de 1997, com Pulp Fiction e Misirlou, explodiu de banda de surf instro pelo mundo afora e isso foi muito bom."
Claudão Pilha, entre tantas bandas, ex-baterista da Estrume'n'tal, proprietário do Bar Dançante A Obra.
Claudão Pilha sendo entrevistado pelo Alexandre Saldanha